Códigos de barras 2D no Brasil
O código de barras, uma ferramenta essencial no nosso cotidiano, é escaneado cerca de dez bilhões de vezes por dia, superando até as pesquisas no Google. No entanto, este ícone do varejo está prestes a ser superado pelo QR-code nos principais supermercados do Brasil nos próximos cinco anos.
Um novo tipo de QR-code, com funcionalidades duplas, está sendo desenvolvido e já está em fase de testes no Brasil. Ele poderá ser lido nas caixas dos supermercados e também pelos consumidores através de smartphones. Essa inovação permitirá que os clientes acessem informações detalhadas sobre ingredientes, alergênicos, data de validade, recalls de produtos e orientações de reciclagem.
Com o aumento das exigências de rotulagem nos produtos, os consumidores precisam de uma visão apurada para ler as informações cruciais nos rótulos. No futuro, ao escanear um produto, o cliente será direcionado para uma tela com ícones detalhados sobre cada ingrediente, informações nutricionais e até a pegada de carbono do produto.
Este novo estilo de QR-code já está sendo testado em algumas lojas no Brasil, além de estabelecimentos na Austrália, Tailândia, Alemanha e outros países.
No Brasil, um projeto piloto apoiado pela GS1 está em andamento, permitindo que os consumidores escaneiem um código QR em produtos selecionados. Atualmente, o QR-code ainda não substitui completamente o código de barras, pois exige atualizações de software significativas por parte dos varejistas.
Embora o código de barras tenha sido uma ferramenta valiosa, celebrando seu 50º aniversário em abril, o QR-code está emergindo como líder. Um código de barras convencional armazena 13 dígitos, enquanto um código QR pode conter até 4.000 caracteres, além de ser legível em tamanhos menores.
O QR-code é considerado mais confiável que o código de barras, pois pode ser lido mesmo que até 30% dele esteja danificado.
O QR-code, criado em 1994 por Masahiro Hara, da empresa japonesa de tecnologia Denso Wave, teve uma reviravolta significativa em sua aceitação. Inicialmente não teve sucesso em suas primeiras aparições em campanhas de marketing, mas ganhou nova vida durante a pandemia de Covid-19.
A invenção do código de barras, por sua vez, foi igualmente fortuita. Joe Woodland, seu inventor, teve a ideia desenhando pontos e traços do código Morse na areia de uma praia em Miami em 1949, buscando um sistema que pudesse ser impresso em produtos de supermercado.
Embora o fim do código de barras pareça inevitável, sua substituição pelo QR-code já está se tornando realidade no Brasil, marcando uma nova era na forma como interagimos com os produtos em nosso dia a dia.
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